Para Roberto Chade, perfil social e econômico do país favorece setor de fidelização de clientes por meio de sistemas de pontos
Nesta quarta-feira (26), Roberto Chade, presidente da Dotz, afirmou que o segmento de fidelidade no país tem um “potencial de crescimento de 30% a 35% ao ano”.
“O segmento de fidelidade no Brasil ainda tem uma penetração baixa, então vejo, para os próximos anos, um potencial de crescimento de 30% a 35% ao ano. O e-commerce brasileiro também vai crescer muito ainda”, afirmou o CEO.
A Dotz atua com sistema de trocas de pontos (ou “dotz”) por recompensas, produtos e serviços de outras companhias vinculadas. É possível, por exemplo, acumular uma determinada quantia de pontos com compras no supermercado e trocá-los por eletrodomésticos, bebidas ou passagens aéreas.
“No início tivemos um foco grande em programas de fidelidade, e continua sendo uma prioridade, já que gera ativos importantes, como clientes, dados e relacionamento. Mas a entrada em serviços financeiros é estratégica, por impactar tanto os consumidores, ao aumentar o poder de compra, quanto às empresas, com aumento de receita, já que os consumidores têm uma forma de gastar mais.”
Recentemente, a empresa anunciou um sistema de empréstimos interno como parte de alguns dos serviços financeiros disponíveis no cardápio. “O Brasil ainda tem uma pequena parte da população com acesso a serviços financeiros e nós buscamos democratizar o acesso a esses produtos”, afirmou ele.
“O dinheiro acaba no dia 20 e o mês ainda tem 10 dias pela frente. Enquanto isso, empresas varejistas estão sempre buscando formas de trazer mais fregueses”, diz Chade.
O movimento tem se traduzido em números. De acordo com ele, o resultado anual de 2022 mostrou um crescimento de 30% na receita da empresa ante o ano anterior. “É uma estratégia efetiva”, resume ele.