Crítica à Expansão Fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua preocupação com a expansão fiscal no Brasil, afirmando que não é oportuna no momento. Durante um evento em São Paulo, ele destacou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está disposto a cortar gastos primários para equilibrar as contas públicas, se necessário.
Equilíbrio das Contas Públicas
Haddad enfatizou que o equilíbrio fiscal é crucial para a redução das taxas de juros e o crescimento econômico. Ele questionou os benefícios dos déficits fiscais contínuos desde 2014, sugerindo que não trouxeram melhorias significativas para a população.
Ajuste Fiscal como Prioridade
O ministro defendeu a continuidade do trabalho minucioso da equipe econômica para alcançar o ajuste fiscal, descrevendo o equilíbrio das contas como uma “obsessão”. Ele também destacou a importância de revisar os critérios para benefícios sociais, considerando isso uma questão de moralidade pública.
Mudança de Tom do Governo
Desde a semana anterior, o governo adotou um tom mais moderado, evitando críticas diretas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à taxa Selic. Essa mudança foi bem recebida pelo mercado, que aguarda medidas concretas para atingir a meta de resultado primário zero.
Relatório e Medidas Fiscais
O governo planeja apresentar um relatório em 22 de julho, detalhando diagnósticos e possíveis cortes para cumprir a meta fiscal. Haddad negou ter influenciado Lula a suavizar a tensão com o Banco Central, mas confirmou discussões sobre rumores de abandono do arcabouço fiscal.
Reoneração da Folha de Pagamento
Haddad rejeitou a proposta do Senado de reoneração gradual da folha de pagamento, baseada em parecer da Receita Federal. Ele propôs uma alíquota gradual da CSLL para compensar a desoneração, evitando impactos negativos no crédito e no crescimento econômico.
Posição sobre Desoneração
O ministro reiterou que a desoneração da folha não deveria ser prorrogada, considerando-a uma política ineficaz. Ele defendeu que a compensação deve ser distribuída por toda a sociedade, sem prejudicar setores específicos.
Conclusão
As declarações de Haddad refletem um compromisso com a responsabilidade fiscal e a busca por um ambiente econômico mais estável. O governo está focado em medidas que promovam o crescimento sustentável, mesmo que isso implique em cortes de gastos.